domingo, 1 de novembro de 2009

Mortes de militares pesam sobre decisões de guerra, diz Obama

da Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, após acompanhar a entrega de corpos de militares mortos em conflitos armados no exterior, que essas mortes pesam "muito seriamente" sobre a sua visão de guerra e sobre suas futuras decisões militares.

Obama afirmou que a visita à base aérea de Dover, em Delaware, onde chegam os corpos de soldados mortos no Iraque e Afeganistão, representou "uma recordação instrutiva" dos sacrifícios da guerra. "Foi uma dolorosa lembrança dos extraordinários sacrifícios que os nossos jovens homens e mulheres de uniforme realizam a cada dia", disse.

"Obviamente, o fardo que nossas tropas e nossas famílias carregam em tempos de guerra vai pesar na forma com que eu vejo esses conflitos. E é algo em que penso todos os dias."


Pablo Martinez Monsivais/AP
Obama vê entrega de restos mortais de militares americanos em base; experiência pesará em decisões
Obama vê entrega de restos mortais de militares americanos em base; experiência pesará em decisões

Esta foi a primeira vez em 18 anos em que um presidente americano visitou a base. Obama chegou ao local na madrugada passada para acompanhar a chegada dos restos de militares mortos no Afeganistão e sua entrega aos familiares. A visita de Obama a Dover acontece no mês mais letal para as tropas americanas no Afeganistão, com 54 militares mortos.

Nesta quinta-feira, os caixões com os corpos de 15 soldados e três funcionários da DEA (a agência antidrogas dos EUA) que foram mortos segunda-feira (26), no Afeganistão, chegaram a bordo de um avião militar.

O antecessor, George W. Bush (2001-2009), vetou o acesso da imprensa às entregas dos restos mortais de militares aos familiares, medida que Obama suavizou após a sua chegada à Casa Branca, em janeiro passado, ao indicar que cada família deveria decidir se autorizaria a presença de jornalistas. Bush nunca visitou a base de Dover, porém se reuniu com frequência com familiares de soldados mortos em combate.

O secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs, revelou que Obama ficou calado a maior parte do tempo no voo de helicóptero que o trouxe de volta da base aérea. "Não acho que alguém possa ir até lá e não entender o que está vendo. É difícil não ficar aflito", disse.

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domingo, 25 de outubro de 2009

Obama reitera prazo para saída de tropas do Iraque



Folha/DA

Em reunião em Washington com o premiê iraquiano, o presidente Barack Obama disse nesta terça-feira que os Estados Unidos mantêm o plano de retirar todas as tropas de combate americanas do Iraque até agosto de 2010.

Após o encontro com Nouri al Maliki, Obama também disse que está acompanhando de perto os trabalhos do Parlamento iraquiano para aprovar uma lei eleitoral para definir a estrutura legal para uma eleição nacional considerada decisiva, em janeiro.

Sem uma lei eleitoral, a votação poderá ser adiada, o que pode atrapalhar os planos americanos de começar a reduzir de forma significativa presença de tropas americanas após as eleições.

"Temos visto nos últimos meses a consolidação de um compromisso com a política democrática dentro do Iraque", disse Obama. "Estamos muito interessados, os dois, no sentido de assegurar que o Iraque tenha uma lei eleitoral que seja aprovada a tempo para que as eleições possam acontecer em janeiro."

sábado, 25 de abril de 2009

Hillary faz visita surpresa ao Iraque

da Efe, no Cairo

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chegou hoje a Bagdá, capital do Iraque, para uma visita surpresa que coincide com uma das ondas de violência mais graves dos últimos meses no país, informou a rede de TV Al Jazeera.

Segundo a Al Jazeera, Hillary disse que o Iraque está no "caminho correto" apesar dos atentados registrados nos últimos dois dias, que deixaram mais de 140 mortos.

A primeira visita de Hillary ao Iraque desde que assumiu o cargo, em 22 de janeiro, também foi confirmada pela televisão oficial iraquiana, mas ainda se desconhece quantos dias ela permanecerá em Bagdá e com quem se reunirá.

A visita acontece em meio a uma retirada progressiva das tropas americanas do Iraque. No final de junho, abandonarão os centros urbanos e a retirada definitiva está prevista para acontecer até 2011.

Ontem, cerca de 60 pessoas morreram e mais de 130 ficaram feridas em um duplo atentado suicida contra peregrinos xiitas, muitos deles iranianos, que tinham chegado a um santuário xiita.

Na quinta-feira, ao menos 50 pessoas morreram e várias ficaram feridas em dois atentados, um deles contra peregrinos xiitas iranianos na província de Diyala e o outro no centro de Bagdá.

terça-feira, 31 de março de 2009

Forças britânicas iniciam retirada oficial do Iraque

O general britânico responsável pelo comando militar das forças no sul do Iraque, Andy Salmon, transferirá nesta terça-feira o controle da região para o norte-americano Michael Oates, em um ato que representa o início oficial da retirada das tropas britânicas do país.

A partir desta terça-feira, soldados americanos e britânicos passarão a ser comandados pelo oficial dos Estados Unidos, no que passará a ser chamado de Divisão Multinacional do Sul.

A maior parte dos 4 mil soldados britânicos - que agora estão estacionados nos arredores da cidade de Basra - deve deixar o país até o dia 31 de maio, quando termina a operação de combate britânica.

A partir desta data, apenas 400 soldados da Grã-Bretanha permanecerão na região, para exercer funções no quartel-general da coalizão e treinar a Marinha iraquiana. Em entrevista à BBC, o general Salmon afirmou que muitos objetivos foram atingidos nos últimos seis anos de ocupação no Iraque.

"Nós ajudamos a aumentar a segurança e colocamos as condições para o desenvolvimento econômico e social. Acho que podemos sair com a cabeça erguida".

Comando americano Os soldados britânicos já começaram a desocupar edifícios e transferir tarefas para os colegas dos EUA, enquanto se preparam para a retirada depois de seis anos.

Segundo a correspondente para assuntos de defesa da BBC, Caroline Wyatt, a presença dos soldados norte-americanos já é visível em Basra.

A partir de agora, o papel dos Estados Unidos no sul do Iraque será ligeiramente diferente, devendo se focar no treinamento de policiais iraquianos e na manutenção da rota de transporte de suprimentos entre o sul e Bagdá. Segundo o coronel norte-americano AJ Johnson, responsável pelas ligações com o Exército iraquiano no Centro de Operações de Basra, os Estados Unidos manterão a estratégia que vinha sendo adotada até agora na região.

Isto significa que os soldados e policiais iraquianos devem continuar a ser a presença mais visível nas ruas da cidade.

"O objetivo da transição é garantir que não se perceba que o Exército dos EUA está aqui e que nós não faremos nada diferente do que os britânicos fizeram na região", disse Johnson à BBC. Os americanos também estão reduzindo o número de tropas no país. Duas brigadas devem sair da Província de Al-Anbar, que antes era considerada o centro da Al-Qaeda no Iraque.

A retirada total das forças americanas do país está prevista para 2011.
UOL

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Obama anuncia retirada do Iraque e 'nova era' na região

O Estado de S. Paulo

Tropas de combate vão sair até agosto de 2010; presidente acena a Irã e Síria

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou a data em que todas as tropas de combate do país terão se retirado do Iraque. "Deixe-me ser o mais claro possível: em 31 de agosto de 2010 nossa missão de combate no Iraque estará encerrada", disse Obama, a um mês do sexto aniversário da invasão americana. Segundo ele, a medida é possível porque a situação no Iraque melhorou, embora ainda seja difícil. Dos atuais 142 mil soldados, entre 35 mil e 50 mil permanecerão no Iraque até 31 de dezembro de 2011, período em que serão responsáveis pelo treinamento de forças locais. O presidente afirmou também que a retirada se dará no contexto de uma “nova era" diplomática do país no Oriente Médio, que prevê aproximação com nações hostis ao americanos. "Os EUA vão promover o engajamento de todas os países da região no processo, e isso inclui o Irã e a Síria", disse Obama. (págs. 1, A13 e A14)

sábado, 31 de janeiro de 2009

Iraque começa eleição para escolha de representantes nas províncias

da Efe, em Bagdá
da Folha Online

Os colégios eleitorais de 14 das 18 províncias iraquianas deram início neste sábado (31) à eleição para escolhas de representantes nos conselhos provinciais. A votação é realizada em meio a estritas medidas de segurança.

Na eleição de hoje, a população vai determinar os membros das assembleias provinciais, que escolhem o governador e concentram grande parte do poder local. As eleições provinciais devem indicar se o Iraque começa a superar os anos de violência que se seguiram à invasão americana de 2003.

Conheça mais sobre as regiões do Iraque

Arte/Folha Online

O nível de participação nas primeiras horas da eleição, quando aconteceram alguns ataques contra centros eleitorais na província de Salah ad Din, é bastante baixo, segundo um membro da Comissão Eleitoral não se identificou. A expectativa é que a participação aumente nas próximas horas.

A circulação de carros está proibida em todas as cidades do país até as 5h de domingo no horário local (meia-noite no horário de Brasília) para prevenir possíveis atentados.

Na cidade Tikrit, na província de Salah ad Din, ao norte de Bagdá, quatro bombas caíram perto de três colégios eleitorais sem deixar vítimas, segundo informou a agência de notícias iraquiana Aswat al Iraq.

Mais de 15 milhões de iraquianos estão convocados para ir às urnas para renovar os conselhos eleitorais do país, nos quais cerca de 14 mil candidatos concorrem a 440 cadeiras -- 110 delas são reservadas a mulheres.

Com Folha de S.Paulo