BBC Brasil - Um porta-voz do principal grupo político muçulmano sunita do Iraque (o Iraqiya) pediu que o premiê Nuri al-Maliki, que é xiita, seja substituído. O grupo vai enviar um pedido formal por um voto de desconfiança contra Maliki. Eles também rejeitaram uma ... |
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Sunitas pedem saída de premiê e crise política no Iraque se agrava (Google News)
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Sobe para 48 o número de mortos em ataques suicidas no Afeganistão (Postado por Erick OLiveira)
Um atentado suicida contra um santuário muçulmano xiita no centro da capital do Afeganistão, Cabul, matou pelo menos 48 pessoas e feriu mais de 100 num momento em que centenas de fiéis estavam reunidos para o festival da Ashura.
O chefe do departamento de investigação criminal de Cabul, Mohammad Zahir, previu que a cifra de mortos vai aumentar. O ataque parece ter sido uma ação sectária, algo incomum no país nos últimos anos.
"Foram mortos 48 civis e mais de 100 ficaram feridos, incluindo mulheres e crianças. Ainda não está claro quem realizou o ataque. Ninguém assumiu a responsabilidade", disse ele.
O Afeganistão tem um histórico de violência e tensão entre os muçulmanos sunitas e a minoria xiita, mas desde a destituição do Taliban do poder não têm ocorrido ataques sectários em larga escala como os que abalam o vizinho Paquistão.
Pouco depois do atentado em Cabul, uma bomba deixada numa bicicleta explodiu perto da principal mesquita da cidade de Mazar-e-Sharif, matando quatro pessoas e ferindo 17.
A Ashura celebra o martírio do imã Hussein, neto do profeta Maomé e terceiro imã do xiismo, morto no ano 680 pelas tropas do califa omeia Yazid na batalha de Kerbala (Iraque).
No Afeganistão, os xiitas representam 20% da população.
O santuário atacado com uma bomba dissimulada em uma bicicleta é respeitado por xiitas e sunitas e fica no local onde, suposta, fica o túmulo de Ali, genro de Maomé, considerado pelos xiitas como o primeiro imã e o sucessor do profeta.
O Talibã condenou os ataques. Zabihullah Mujahid, porta-voz do movimento fundamentalista, atribuiu os ataques a "inimigos não-islâmicos".
O chefe do departamento de investigação criminal de Cabul, Mohammad Zahir, previu que a cifra de mortos vai aumentar. O ataque parece ter sido uma ação sectária, algo incomum no país nos últimos anos.
"Foram mortos 48 civis e mais de 100 ficaram feridos, incluindo mulheres e crianças. Ainda não está claro quem realizou o ataque. Ninguém assumiu a responsabilidade", disse ele.
O Afeganistão tem um histórico de violência e tensão entre os muçulmanos sunitas e a minoria xiita, mas desde a destituição do Taliban do poder não têm ocorrido ataques sectários em larga escala como os que abalam o vizinho Paquistão.
Pouco depois do atentado em Cabul, uma bomba deixada numa bicicleta explodiu perto da principal mesquita da cidade de Mazar-e-Sharif, matando quatro pessoas e ferindo 17.
A Ashura celebra o martírio do imã Hussein, neto do profeta Maomé e terceiro imã do xiismo, morto no ano 680 pelas tropas do califa omeia Yazid na batalha de Kerbala (Iraque).
No Afeganistão, os xiitas representam 20% da população.
O santuário atacado com uma bomba dissimulada em uma bicicleta é respeitado por xiitas e sunitas e fica no local onde, suposta, fica o túmulo de Ali, genro de Maomé, considerado pelos xiitas como o primeiro imã e o sucessor do profeta.
O Talibã condenou os ataques. Zabihullah Mujahid, porta-voz do movimento fundamentalista, atribuiu os ataques a "inimigos não-islâmicos".
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Para evitar prisão, afegã terá de casar com homem que a estuprou (Postado por Erick Oliveira)
Dois anos após ter sido estuprada por um primo do pai, a afegã Gulnaz ainda lembra do cheiro e do estado das roupas do homem que atacou durante uma visita de sua mãe ao hospital.
“Ele trabalha em construção e tinha a roupa suja. Quando minha mãe saiu, ele entrou em casa e fechou portas e janelas. Eu comecei a gritar, mas ele tapou minha boca com as mãos”, contou a afegã, na época com 19 anos, em entrevista à emissora CNN.Após o ataque, ela escondeu o quanto pode da família, mas logo começou a sentir náuseas e apresentar sinais de que estava grávida. No Afeganistão, o fato não inspira clemência, mas um processo. Acusada de adultério por ter tido relações sexuais fora do casamento, ela foi condenada a 12 anos de prisão.
Na prisão de Badam Bagh, em Cabul, com a filha, ela diz que a única chance que tem de escapar da pena é se casar com o homem que a estuprou. Na visão das autoridades afegãs, isso recuperaria sua honra e daria uma família ao filho.
“Eles me perguntaram se eu queria começar uma nova vida fora da cadeia, casando com esse homem. Minha resposta foi que esse homem me desonrou e eu quero ficar com ele”, disse à CNN.
Mulher na situação de Gulnaz são geralmente mortas pela “vergonha” que trazem para suas comunidades. Alguns dizem que ela corre risco de sofrer “represália” da família do estuprador.
“Minha filha é uma criança inocente. Quem diria que eu teria uma criança dessa maneira. Muitas pessoas me disseram para doá-la depois que nascesse, mas minha tia me disse para ficar com ela como prova de minha inocência”, contou à emissora.
A CNN localizou o estuprador de Gulnaz em outra prisão fora da cidade. Embora negue ter estuprado a filha do primo, o homem afirma que ela provavelmente seria morta se estivesse fora da prisão. Mas disse que seria a família dela, e não a dele, que a mataria para “evitar a vergonha”.
“Ele trabalha em construção e tinha a roupa suja. Quando minha mãe saiu, ele entrou em casa e fechou portas e janelas. Eu comecei a gritar, mas ele tapou minha boca com as mãos”, contou a afegã, na época com 19 anos, em entrevista à emissora CNN.Após o ataque, ela escondeu o quanto pode da família, mas logo começou a sentir náuseas e apresentar sinais de que estava grávida. No Afeganistão, o fato não inspira clemência, mas um processo. Acusada de adultério por ter tido relações sexuais fora do casamento, ela foi condenada a 12 anos de prisão.
Na prisão de Badam Bagh, em Cabul, com a filha, ela diz que a única chance que tem de escapar da pena é se casar com o homem que a estuprou. Na visão das autoridades afegãs, isso recuperaria sua honra e daria uma família ao filho.
“Eles me perguntaram se eu queria começar uma nova vida fora da cadeia, casando com esse homem. Minha resposta foi que esse homem me desonrou e eu quero ficar com ele”, disse à CNN.
Mulher na situação de Gulnaz são geralmente mortas pela “vergonha” que trazem para suas comunidades. Alguns dizem que ela corre risco de sofrer “represália” da família do estuprador.
“Minha filha é uma criança inocente. Quem diria que eu teria uma criança dessa maneira. Muitas pessoas me disseram para doá-la depois que nascesse, mas minha tia me disse para ficar com ela como prova de minha inocência”, contou à emissora.
A CNN localizou o estuprador de Gulnaz em outra prisão fora da cidade. Embora negue ter estuprado a filha do primo, o homem afirma que ela provavelmente seria morta se estivesse fora da prisão. Mas disse que seria a família dela, e não a dele, que a mataria para “evitar a vergonha”.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Família afegã é atacada com ácido após recusar casamento de filha (Postado por Erick Oliveira)
Uma família afegã que se recusou a conceder a mão de sua filha em casamento a um homem que considerava irresponsável foi atacada em casa por homens armados que espancaram o pai e, em seguida, derramaram ácido sobre ambos os pais e sobre as três filhas.
A filha mais velha, Mumtaz, de 18 anos, foi perseguida por um homem que a família considera um encrenqueiro e provocador. Com apoio dos pais, ela recusou a proposta de casamento e ficou noiva de um parente. Poucas semanas depois, seis ou sete homens armados invadiram sua casa na área de Granel Awal, na cidade de Kunduz, no meio da noite.
"Primeiro eles bateram seu pai e, em seguida, eles atacaram com ácido", disse a mãe de Mumtaz, que pediu para não ser identificada. Todos os cinco estão agora a recebendo tratamento médico, disse Abdul Shokor Rahimi, chefe do hospital regional de Kunduz .
"O pai e a filha mais velha estão em estado crítico, pois foram atacados em todo o corpo", disse Rahimi. "A mãe e as duas filhas de 14 e 13 anos têm algumas feridas apenas nas mãos e rostos."
Ghulam Mohammad Farhad, o detetive da polícia de Kunduz, prometeu localizar os atacantes, quem ele chamou de imorais e irresponsáveis. "Nós iniciamos uma investigação e aqueles que os atacaram serão processados", disse ele a jornalistas.
O ácido é usado como arma no Afeganistão, mas nem sempre contra mulheres. No leste e sul influenciados pelo Talibã, tem sido usado contra meninas que frequentam escolas.
A filha mais velha, Mumtaz, de 18 anos, foi perseguida por um homem que a família considera um encrenqueiro e provocador. Com apoio dos pais, ela recusou a proposta de casamento e ficou noiva de um parente. Poucas semanas depois, seis ou sete homens armados invadiram sua casa na área de Granel Awal, na cidade de Kunduz, no meio da noite.
"Primeiro eles bateram seu pai e, em seguida, eles atacaram com ácido", disse a mãe de Mumtaz, que pediu para não ser identificada. Todos os cinco estão agora a recebendo tratamento médico, disse Abdul Shokor Rahimi, chefe do hospital regional de Kunduz .
"O pai e a filha mais velha estão em estado crítico, pois foram atacados em todo o corpo", disse Rahimi. "A mãe e as duas filhas de 14 e 13 anos têm algumas feridas apenas nas mãos e rostos."
Ghulam Mohammad Farhad, o detetive da polícia de Kunduz, prometeu localizar os atacantes, quem ele chamou de imorais e irresponsáveis. "Nós iniciamos uma investigação e aqueles que os atacaram serão processados", disse ele a jornalistas.
O ácido é usado como arma no Afeganistão, mas nem sempre contra mulheres. No leste e sul influenciados pelo Talibã, tem sido usado contra meninas que frequentam escolas.
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