domingo, 28 de fevereiro de 2016

Resgate de 26 mineradores acaba com morte de 6 socorristas na Rússia

Seis operários dos serviços de emergência morreram neste domingo (28) ao tentar resgatar 26 mineradores presos em uma mina de carvão no Ártico russo.
As autoridades russas já consideram impossível o resgate do grupo, e empresa proprietária da mina Severnaya - que fica na cidade de Vorkuta, no extremo nordeste da República Autônoma de Komi - afirma que não há ninguém com vida.
"Devemos constatar que, dada a situação criada nas galerias da mina, ninguém conseguiu sobreviver", afirmou Vladimir Puchkov, ministro para Situações de Emergência, aos meios de imprensa locais.
Puchkov disse que "os dados mostram que, na área subterrânea onde estavam os 26 mineradores, há altas temperaturas e não existe oxigênio".
Além disso, acrescentou que "o epicentro da última explosão de gás metano aconteceu justamente no setor" onde estavam presos os mineradores. Eles estão no local desde quinta-feira.
Segundo a direção da empresa Vorkutaugol, proprietária da mina, "não há ninguém com vida" devido às explosões ocorridas, aos desmoronamentos e aos incêndios.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Obama e Putin devem cooperar para o cessar-fogo na Síria


O presidente russo, Vladimir Putin, e o norte-americano, Barack Obama, concordaram em intensificar a cooperação entre as agências de inteligência e segurança dos dois países para permitir a implementação do acordo de cessar-fogo na Síria, informou hoje (14) a agência de notícias russa Interfax.

Obama e Putin conversaram por telefone sobre o acordo assinado no último dia 12 pelo International Syria Support Group (ISSG), na Alemanha. O tratado prevê o início de um cessar-fogo dentro de sete dias, como o primeiro passo para o fim da guerra civil na Síria, iniciada em 2011, na Primavera Árabe, para derrubar o regime do ditador Bashar al-Assad.

Apesar da assinatura do acordo, no fim de semana alguns representantes de países europeus demonstraram ceticismo em relação ao papel da Rússia, acusada pelo Ocidente de atacar civis e rebeldes com o consentimento de Damasco, para fortalecer o regime de Assad. Os envolvidos na assinatura do acordo fizeram apelos para que Moscou suspenda seus bombardeios para que o cessar-fogo vigore.

O acordo foi assinado por 17 países do ISSG, em Munique. Além do fim das hostilidades, prevê o acesso imediato de ajuda humanitária em zonas abaladas pelos confrontos na Síria. O texto, no entanto, não recai sobre as operações contra grupos terroristas, como o Estado Islâmico, e limita-se às tensões entre o governo e os rebeldes. Para a alta representante de política externa da União Europeia, a italiana Federica Mogherini, não existe “uma solução puramente militar” para a crise síria, que já provocou a morte de 11,5% da população e o êxodo de 50%.