MANHEIM, EUA, 31 Mar 2008 (AFP) - O pré-candidato democrata Barack Obama pretende, se for eleito presidente dos EUA, manter no Iraque um número de soldados suficiente apenas para proteger a embaixada americana em Bagdá.
"Teremos soldados para proteger nossa embaixada, como temos em todo lugar. Temos na França. Temos na Grã-Bretanha. Temos pessoal militar para proteger nossos diplomatas", declarou, em entrevista coletiva em Manheim, na Pensilvânia (leste).
Se chegar à Casa Branca, Obama pretende retirar as tropas de combate americanas no prazo de 16 meses, após assumir o cargo.
Os soldados que Obama quer manter para lutar contra a rede Al-Qaeda podem permanecer no Iraque, "ou em alguma outra parte" na região, completou, destacando que "é muito diferente do que dizer que teremos uma ocupação permanente do Iraque".
Ele criticou o republicano John McCain que, segundo ele, quer deixar soldados americanos no Iraque por 100 anos.
Embora um jornalista tenha lembrado que McCain não falou sobre manter as tropas de combate por um século no Iraque, e sim que pensava na presença militar americana em longo prazo, como a que existe na Alemanha, ou no Japão, Obama insistiu em suas acusações. "Acho que não fui nem um pouco injusto", em relação às propostas de McCain, frisou.
"O problema que nós temos com McCain e George W. Bush é que não conhecemos sua definição de vitória. Nunca houve. É por isso que (a guerra no Iraque) constitui um profundo erro estratégico", acrescentou Obama.
O democrata lembrou ainda que McCain considera uma retirada do efetivo americano estacionado no Iraque como "uma rendição".
"Isso implica que devemos permanecer no Iraque, tanto tempo quando ele achar que seja necessário", criticou Obama. UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s)