segunda-feira, 31 de março de 2008

Soldados no Iraque: Obama quer o suficiente para proteger embaixada

31/03/2008 - 18h34

MANHEIM, EUA, 31 Mar 2008 (AFP) - O pré-candidato democrata Barack Obama pretende, se for eleito presidente dos EUA, manter no Iraque um número de soldados suficiente apenas para proteger a embaixada americana em Bagdá.

"Teremos soldados para proteger nossa embaixada, como temos em todo lugar. Temos na França. Temos na Grã-Bretanha. Temos pessoal militar para proteger nossos diplomatas", declarou, em entrevista coletiva em Manheim, na Pensilvânia (leste).

Se chegar à Casa Branca, Obama pretende retirar as tropas de combate americanas no prazo de 16 meses, após assumir o cargo.

Os soldados que Obama quer manter para lutar contra a rede Al-Qaeda podem permanecer no Iraque, "ou em alguma outra parte" na região, completou, destacando que "é muito diferente do que dizer que teremos uma ocupação permanente do Iraque".

Ele criticou o republicano John McCain que, segundo ele, quer deixar soldados americanos no Iraque por 100 anos.

Embora um jornalista tenha lembrado que McCain não falou sobre manter as tropas de combate por um século no Iraque, e sim que pensava na presença militar americana em longo prazo, como a que existe na Alemanha, ou no Japão, Obama insistiu em suas acusações. "Acho que não fui nem um pouco injusto", em relação às propostas de McCain, frisou.

"O problema que nós temos com McCain e George W. Bush é que não conhecemos sua definição de vitória. Nunca houve. É por isso que (a guerra no Iraque) constitui um profundo erro estratégico", acrescentou Obama.

O democrata lembrou ainda que McCain considera uma retirada do efetivo americano estacionado no Iraque como "uma rendição".

"Isso implica que devemos permanecer no Iraque, tanto tempo quando ele achar que seja necessário", criticou Obama.


UOL

domingo, 23 de março de 2008

Assessor de Segurança Nacional do Iraque diz que guerra vale a pena

23/03/2008 - 20h08

da France Presse, em Washington

O assessor de Segurança Nacional iraquiana, Mouaffak al Rubaie declarou neste domingo que a Guerra no Iraque "vale a pena", apesar de seu custo elevado em vida humanas, tanto americanas como iraquianas.

"O terrorismo internacional golpeia em todas as partes e eles elegeram o Iraque como campo de batalha, pelo que devemos enfrentá-los", disse al Rubaie à rede de televisão norte-americana CNN.

"Se não nos impormos, se não triunfarmos na guerra, estaremos condenados para sempre", acrescentou num discurso no qual apresentava condolências aos Estados Unidos pelo "dinheiro investido e o sangue derramado" no Iraque.

Desde 20 de março de 2003, o total de perdas humanas da coalizão liderada pelos Estados Unidos se eleva a 4.298, com 3.991 vítimas americanas, 175 britânicas e 133 membros de outros contingentes, segundo estimativa da agência de notícias France Presse.

Neste domingo mesmo, a violência deixou pelo menos 54 mortos ao longo do Iraque, segundo números atualizados, dos quais 18 eram civis que morreram em Bagdá: a chamada "zona verde" onde fica a embaixada dos Estados Unidos foi alvo de quatro lançamentos de obuses.

Segundo al Rubaie, no entanto, "os iraquianos verteram três vezes mais sangue que os americanos em relação ao número de mortes" e "quanto aos gastos". "O que queremos dizer é que os americanos não estão brigando sozinhos. Estamos com eles, e assumindo a liderança".

Número de soldados americanos mortos no Iraque beira os quatro mil

23/03/2008 - 19h17

Washington, 23 mar (EFE).- O número de soldados americanos mortos no Iraque se aproximou hoje dos quatro mil, poucos dias após se completarem cinco anos do início da guerra dos Estados Unidos nesse país, enquanto o número de feridos está perto de atingir os 30 mil.

O Pentágono, que divulga oficialmente as baixas após ter informado as famílias dos mortos ou feridos, revelou hoje que 3.991 soldados no Iraque morreram e que 29.451 foram feridos.

"Globalsecurity.com", uma página na internet que trata de assuntos militares e que conta as baixas de acordo com os relatórios diários de incidentes, divulga hoje um saldo de 3.988 soldados mortos e 29.395 feridos.

Os EUA invadiram o Iraque no dia 20 de março de 2003, e atualmente há nesse país cerca de 160 mil soldados, em sua grande maioria do Exército e da Infantaria da Marinha.

A rede "CNN" de televisão divulgou hoje 3.990 soldados americanos mortos no conflito no Iraque, enquanto os grupos I-Casualties e Anti-War, opostos à guerra, contabilizaram 3.996 falecidos.

UOL

quarta-feira, 19 de março de 2008

Hillary, Obama e McCain deixam claras suas posições sobre Iraque

19/03/2008 - 20h12

Washington, 19 mar (EFE) - Os pré-candidatos democratas Hillary Clinton e Barack Obama aproveitaram a véspera do 5º aniversário do início da Guerra do Iraque para insistir em suas promessas de retirar as tropas se vencerem as eleições, enquanto o candidato republicano, John McCain, apostou em ficar no país até conseguir a vitória.

O Iraque foi invadido por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos na madrugada de 20 de março de 2003 (hora local, noite de 19 de março no Brasil).

A comemoração do quinto aniversário do início da disputa centrou hoje o cenário político nos Estados Unidos, onde o presidente americano, George W. Bush, fez um discurso defendendo a invasão do Iraque.

Em discurso no Pentágono, Bush disse que é indiscutível o fato de que "esta guerra teve um alto custo, em vidas e em dinheiro" "Mas isso (a invasão) foi necessário quando foi levado em conta o custo que a vitória dos inimigos dos EUA no Iraque teria", afirmou.

Na mesma linha, o candidato republicano, que visitou o Iraque esta semana, disse em comunicado que os "Estados Unidos e nossos aliados estão à beira de conseguir uma vitória radical contra o islamismo islâmico".

"O que obtivemos em matéria de segurança no último ano foi enorme e inegável. Os americanos deveriam estar orgulhosos de que abriram o caminho à derrocada de um ditador perverso e à possibilidade de um Iraque livre e estável".

Do lado democrata, as coisas não são vistas da mesma forma, já que os aspirantes à Casa Branca se mostram contrários a prolongar um conflito que teria causado a morte de quase quatro mil soldados americanos.

O senador Barack Obama criticou tanto Hillary, por ter votado a favor do início da guerra, em 2002, e McCain, o qual criticou por ter confundido os grupos extremistas.

"Justo ontem (terça-feira), vimos como McCain confundia os sunitas com os xiitas, e o Irã com a Al Qaeda. Será por isso que votou a favor de invadir um país que não tinha laços com a Al Qaeda?", questionou hoje Obama, que prometeu se retirar do Iraque e recuperar as alianças internacionais perdidas se for eleito.

Já a senadora Hillary Clinton insistiu em sua promessa de iniciar a retirada das tropas dois meses depois de chegar à Casa Branca, de modo que sejam os próprios iraquianos os responsáveis por traçar o rumo do país.

"Não podemos ganhar sua guerra civil. Não há uma solução militar (ao problema)", disse.

O líder democrata no Senado, o senador Harry Reid, lamentou hoje que Bush tenha defendido, em seu discurso desta quarta-feira, o conflito no Iraque, em vez de apresentar um plano de reconciliação ou de falar sobre como cortar os US$ 12 bilhões que o confronto consome todos os meses.