quarta-feira, 19 de março de 2008

Hillary, Obama e McCain deixam claras suas posições sobre Iraque

19/03/2008 - 20h12

Washington, 19 mar (EFE) - Os pré-candidatos democratas Hillary Clinton e Barack Obama aproveitaram a véspera do 5º aniversário do início da Guerra do Iraque para insistir em suas promessas de retirar as tropas se vencerem as eleições, enquanto o candidato republicano, John McCain, apostou em ficar no país até conseguir a vitória.

O Iraque foi invadido por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos na madrugada de 20 de março de 2003 (hora local, noite de 19 de março no Brasil).

A comemoração do quinto aniversário do início da disputa centrou hoje o cenário político nos Estados Unidos, onde o presidente americano, George W. Bush, fez um discurso defendendo a invasão do Iraque.

Em discurso no Pentágono, Bush disse que é indiscutível o fato de que "esta guerra teve um alto custo, em vidas e em dinheiro" "Mas isso (a invasão) foi necessário quando foi levado em conta o custo que a vitória dos inimigos dos EUA no Iraque teria", afirmou.

Na mesma linha, o candidato republicano, que visitou o Iraque esta semana, disse em comunicado que os "Estados Unidos e nossos aliados estão à beira de conseguir uma vitória radical contra o islamismo islâmico".

"O que obtivemos em matéria de segurança no último ano foi enorme e inegável. Os americanos deveriam estar orgulhosos de que abriram o caminho à derrocada de um ditador perverso e à possibilidade de um Iraque livre e estável".

Do lado democrata, as coisas não são vistas da mesma forma, já que os aspirantes à Casa Branca se mostram contrários a prolongar um conflito que teria causado a morte de quase quatro mil soldados americanos.

O senador Barack Obama criticou tanto Hillary, por ter votado a favor do início da guerra, em 2002, e McCain, o qual criticou por ter confundido os grupos extremistas.

"Justo ontem (terça-feira), vimos como McCain confundia os sunitas com os xiitas, e o Irã com a Al Qaeda. Será por isso que votou a favor de invadir um país que não tinha laços com a Al Qaeda?", questionou hoje Obama, que prometeu se retirar do Iraque e recuperar as alianças internacionais perdidas se for eleito.

Já a senadora Hillary Clinton insistiu em sua promessa de iniciar a retirada das tropas dois meses depois de chegar à Casa Branca, de modo que sejam os próprios iraquianos os responsáveis por traçar o rumo do país.

"Não podemos ganhar sua guerra civil. Não há uma solução militar (ao problema)", disse.

O líder democrata no Senado, o senador Harry Reid, lamentou hoje que Bush tenha defendido, em seu discurso desta quarta-feira, o conflito no Iraque, em vez de apresentar um plano de reconciliação ou de falar sobre como cortar os US$ 12 bilhões que o confronto consome todos os meses.

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